“Coordenadores do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores (Maqua), da Faculdade de Oceanografia da Uerj, Alexandre Azevedo e José Lailson Brito Junior chamam pelo nome, ou pelo menos pelo número, os 36 golfinhos que sobrevivem nas águas da Baía de Guanabara. O reconhecimento é possível graças à técnica de fotoidentificação que a dupla implementou no laboratório, em 1995. Os botos-cinza nascem com a nadadeira dorsal lisa. Mas, devido à interação com o ambiente e, principalmente, ao contato entre eles (os animais se mordem tanto nas brigas quanto nos cortejos), ganham marcas que viram uma espécie de impressão digital. Nas últimas décadas, porém, os oceanógrafos testemunharam uma baixa de 90% na população de Sotalia guianensis na região — em 1985, eram cerca de 400.